Post by Deco10 on May 11, 2003 14:08:59 GMT -5
O novo traje do campeão<br>As medidas foram tiradas aos novos campeões nacionais muito antes de a equipa do F. C. Porto ter conquistado matematicamente o campeonato da época que finda a 1 de Junho. O traje, esse, também já foi escolhido. O azul e o branco continuam, obviamente, a ser os tons predominantes no equipamento principal. A diferença em relação à camisola com que os dragões recuperaram o título nacional é que, em 2003/2004, esta apenas terá três listas frontais e outras tantas nas costas, e não oito como ainda hoje poderá ser visto no jogo frente ao Paços de Ferreira. A malha utilizada na confecção das camisolas é igual à do equipamento da Selecção Nacional portuguesa.
Foi a partir da época 2000/2001 que a Nike começou a vestir o F. C. Porto. Logo no primeiro ano de ligação, a marca de equipamento americana resolveu recuperar a camisola com que os portistas se deram a conhecer ao país no século passado. Eram apenas três as listas frontais de um dos primeiros equipamentos da centenária história do clube. O mesmo voltou a acontecer na passagem do milénio, até que em 2001/2002, novamente com base numa pesquisa aos arquivos do F. C. Porto, os designers da Nike resolveram vestir a equipa principal com uma camisola de apenas duas listas — metade azul, metade branca —, numa aposta bem arrojada, que inicialmente causou alguma estranheza junto dos adeptos, tão habituados que eles estavam a ver a equipa com uma camisola listada.
Nova acção comercial
Concluída essa época, já então com José Mourinho ao comando do F. C. Porto, os americanos voltaram a deixar toda a gente de boca aberta. De um ano para o outro, os jogadores do F. C. Porto trocaram as camisolas de duas listas por outras que tinham oito listas na frente e oito atrás. Uma aposta mais uma vez influenciada pelos registos históricos que a Nike encontrou no baú do clube das Antas e igualmente inesperada. Feitas, porém, as contas aos equipamentos vendidos este ano nas lojas dos dragões, a aposta foi bem sucedida. Lembram-se do slogan que Fernando Pessoa criou para a Coca-Cola nos finais da década de 20: «Primeiro estranha-se, depois entranha-se...». Pois foi o que sucedeu com os adeptos portistas em relação às camisolas de oito listas.
Mas quando se pensava que essa camisola seria mantida na próxima temporada, eis que a Nike decide subtrair cinco listas ao jersey principal do F. C. Porto, numa nova acção comercial, já que vai obrigar os amantes do emblema do dragão a comprar mais um equipamento para a colecção pessoal. Os cofres do clube agradecerão.
Roxo como alternativo
Até meados das décadas de 90, do século passado, as camisolas alternativas do F. C. Porto eram ou todas azuis ou todas brancas, não fossem os equipamentos tradicionais confundir-se com os dos adversários.
Com a ligação do clube portista à Kappa, esta marca italiana decidiu inovar e criar camisolas onde o laranja era a cor forte, estampando igualmente um enorme dragão azul-escuro, na temporada em que o F. C. Porto se sagrou pentacampeão. Na época imediata, foi o cinzento a pigmentação predominante dos equipamentos alternativos.
Trocada a Kappa pela Nike, no último ano de Fernando Santos como treinador do F. C. Porto, os dragões passaram a vestir-se de quando em vez de amarelo da cabeça aos pés, seguindo-se, em 2001/2002 uma nova aposta no cinza.
Esta época é de azul-bebé que os portistas se equipam quando decidem guardar nos cacifos as camisolas tradicionais.
Na próxima temporada, o equipamento alternativo do F. C. Porto será predominantemente roxo, uma cor que o imaginário católico remete para os dias da paixão de Cristo, celebrados no período pascal. O impacto inicial será enorme! Mas nada como uns vivos de azul-escuro, que também surgirão nessas camisolas, para tornar menos chocante a aposta da Nike.